Notícias sobre suicídio trazem a tona um conhecido dilema dos profissionais de comunicação: como informar sem ferir, sem provocar danos?
Os critérios que norteiam a publicação e composição das reportagens assumem diferentes contornos quando se trata de suicídio. Muitos veículos de comunicação optam por não abordar o tema, temendo que o noticiamento inapropriado de casos de suicídio possam estimular o ato em pessoas vulneráveis, numa espécie de contágio, além de ser uma pauta chocante, que provoca comoção.
Uma boa reportagem pode reverter o contágio
Dependendo do foco dado a uma reportagem, pessoas que se encontram sob risco de suicídio ou mesmo enlutadas pela perda de um ente querido podem ser ajudadas. Segundo o British Journal of Psychiatry, em estudo publicado em 2010, matérias sobre indivíduos que relatarAm ideação suicida sem consumar o ato estiveram associadas à diminuição da taxa de suicídio.
Pode-se perceber, então, que o impacto das notícias sobre suicídio não é sempre negativo. Falar sobre casos de superação das adversidades e tratamento correto dos transtornos mentais pode ajudar a prevenir. É importante dar destaque à essas questões.
Importante:
Antes de iniciar a matéria, é fundamental se perguntar: por que divulgar, é relevante? Além disso, pense também no tipo de impacto que a matéria pode ter.
Ao montar o texto, ponha-se no lugar do outro:
daqueles que enfrentam o luto por alguém que morreu por suicídio
dos que estão vulneráveis, com ideação suicida
Considera também incluir algumas sugestões do manual "Comportamento suicida: conhecer para prevenir". Elaborado pela Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP e pelo Conselho Federal de Medicina - CFM, ele está disponível para download gratuito aqui.
Continue acompanhando o blog Setembro Amarelo para mais informações sobre prevenção do suicídio!
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