No que se relaciona com o suicídio, o fator gênero possui implicação direta no número de tentativas e óbitos registrados em todo o mundo.
De acordo com dados da cartilha Suicídio: informando para prevenir, publicada pela Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP em parceria com o Conselho Federal de Medicina - CFM, homens e mulheres possuem comportamentos diferentes quando se fala em suicídio.
A relação entre óbito e tentativa de suicídio é inversamente proporcional ao considerar o gênero. Ou seja, enquanto homens morrem mais por suicídio, cerca de três vezes mais do que mulheres, a tentativa é mais frequente nelas do que neles, também numa relação de um para três.
Comportamento suicida em homens e mulheres
A mortalidade de homens por suicídio tende a ser maior devido à letalidade dos métodos utilizados. Os principais fatores associados a esse aspecto são a solidão e o isolamento social.
Segundo a cartilha da ABP e do CFM, "o reforço a esse papel de gênero muitas vezes impede os homens de procurarem ajuda para os sentimentos suicidas e depressivos".
Apesar de registrarem maior número de tentativas do que os homens, as mulheres estatisticamente morrem menos por suicídio. Para além da letalidade da tentativa, o sexo feminino está mais associado a fatores de proteção.
Suas redes de apoio são mais fortes devido a engajamentos em atividades domésticas e sociais. A isso é atribuído um sentido de "participação" até o final da vida, fortalecendo laços sociais.
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